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domingo, 5 de junho de 2011

Dia do Meio Ambiente: rio Apodi-Mossoró pede socorro


Hoje é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em Mossoró, o rio que banha a cidade pede socorro. A situação do rio Apodi-Mossoró será novamente discutida nesta segunda-feira,  6, durante uma audiência pública proposta pelo deputado estadual Fernando Mineiro, que vai acontecer às 9h30, no auditório do Serviço Social da Indústria (SESI).  O estado em que se encontra o rio é motivo de lamentação por parte dos moradores que sempre viveram próximo ao curso das águas. “Há alguns anos a gente tomava banho, muita gente pescava, mas agora só de olhar faz mal”, lamenta a aposentada Francisca Maria Vieira, que reside próximo ao rio há mais de 15 anos.  Ela conta que, mesmo após uma improvável despoluição total, não teria coragem de entrar na água novamente. Antonieze Bezerra da Silva mora há mais tempo próximo ao rio – são 34 anos convivendo com a saudade e poluição das águas. “Antigamente a água aqui era tão limpa que dava para ver os peixes nadando. Hoje é essa podridão, sujeira”, reclama. Outro morador, Enok de Souza, disse que sente uma tristeza quando vê a água poluída. Ele critica a falta de atitude das autoridades. “Deveriam fazer um tratamento nesse rio, mas ninguém faz nada. Só aparecem aqui em época de campanha e dizem que vão salvar o rio, mas é só enrolação e o rio continua morrendo”, destaca. Após dois anos de trabalho e 14 análises feitas se chegou a um diagnóstico físico, químico e ambiental que será apresentado pelos integrantes do Fórum Permanente do rio Apodi-Mossoró, entre eles o professor Ramiro Camacho. Segundo o ambientalista, o recurso natural sofre com poluição física, química e biológica. Em todo o seu percurso (desde a cidade de Luís Gomes ao Oceano Atlântico) há irregularidades, especialmente em Pau dos Ferros, Apodi e zona urbana de Mossoró.  “Com as 14 mil análises em dois anos de estudo, diagnosticamos que a problemática é muito parecida em todo o percurso”, alerta. Matadouro, criação de animais nas margens, postos de lavagem de carros e de combustíveis, esgotos, entre outras formas de poluição contribuem para o estado preocupante do rio Apodi-Mossoró.  O ambientalista lamenta o fato de haverem vários eventos discutindo o assunto enquanto os agentes públicos responsáveis não tomam nenhuma iniciativa mais contundente.  “Estamos convocando para que os gestores estejam presentes para que a problemática do rio tome fôlego novamente. Os municípios precisam adotar algumas ações para não deixar que o rio fique pior. Infelizmente as políticas públicas são fracas e não despertaram ainda para a questão ambiental, que também é de saúde pública”, ressalta. O primeiro passo, segundo ele, seria inibir a ação das fontes poluidoras. Um das alternativas seria o saneamento básico. “Se os municípios fizessem o saneamento e deixassem de despejar no rio já seria uma ajuda grande”, informa. Outro passo seria a recuperação da vegetação. “Consequentemente, a biodiversidade poderia ser recuperada com a flora e fauna característica”, cita Ramiro. Após essa etapa poderia ser iniciada uma limpeza das águas do recurso natural. O encontro desta segunda-feira, que fará parte da programação festiva pelo Dia do Meio Ambiente, contará também com uma exposição fotográfica mostrando todo o percurso do rio.

Fonte:  Gazeta do Oeste

sábado, 21 de maio de 2011

Carga de urânio chega às instalações da INB em Caetité (BA)

A carga de urânio que havia sido bloqueada pela população de Caetité (624 km de Salvador) no domingo (15) foi transportada, na madrugada desta sexta-feira até as instalações da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) na cidade. Ontem, a Polícia Militar da Bahia destacou 160 homens para acompanhar o desfecho do impasse. Havia temor de que manifestantes tentassem bloquear novamente as nove carretas que transportavam a carga. Não houve conflito. Por um acordo celebrado entre a estatal, ambientalistas e a administração municipal, a carga permanecerá lacrada nas instalações da INB, no distrito de Maniaçu, até que "sejam satisfeitos todos os requisitos de segurança dos trabalhadores da INB e do meio ambiente". Um representante do Greenpeance, enviado à cidade, disse na terça-feira (17) estar preocupado com a segurança da carga, que ficou armazenada a céu aberto, em local inadequado. O Ministério Público Federal também pediu ontem esclarecimentos à INB sobre o conteúdo da carga. 

 

Fonte: Folha de São Paulo





quinta-feira, 12 de maio de 2011

Apenas 8% dos municípios fazem a coleta seletiva de lixo

Diariamente o Brasil produz 150 mil toneladas de lixo, das quais 40% são despejadas em aterros a céu aberto. O destino adequado do lixo é um problema que afeta a maioria das cidades --apenas 8% dos 5.565 dos municípios adotam programas de coleta seletiva.
Os dados são de um estudo realizado pelo Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), associação sem fins lucrativos dedicada à promoção da reciclagem e mantida por empresas privadas.
O Brasil tem hoje uma Política Nacional de Resíduos Sólidos instituída pela Lei Federal 12.305, de 2 de agosto de 2010, e regulamentada pelo Decreto Federal 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Considerada uma vitória do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis, o projeto tramitou por 20 anos no Congresso Nacional.
"Nós entramos no circuito porque a primeira lei sequer citava os catadores", explica Severino Lima Junior, da coordenação nacional do movimento. Segundo ele, a lei é uma das melhores da América Latina. Hoje a gente tem dados mostrando que 90% do material reciclado passou pela mão de um catador, seja ele de cooperativa ou de rua e lixões."
A coordenadora de Consumo Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernanda Daltro, diz que a aprovação da lei foi o resultado de uma grande mobilização de todos os setores envolvidos: a sociedade, o setor produtivo, o governo e os catadores.
"A demora da tramitação foi necessária para a adequação de todos os interesses destes setores, do próprio mercado, para atender as exigências, e dos governos, para entender a importância de uma política para os resíduos sólidos."
A partir do segundo semestre de 2012 os brasileiros poderão ter regras fixas e determinadas pelo governo federal para o descarte adequado de produtos como eletroeletrônicos, remédios, embalagens, resíduos e embalagens de óleos lubrificantes e lâmpadas fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista.
Pela lei, os governos municipais e estaduais têm dois anos de prazo para a elaboração de um plano de resíduos sólidos. 

Fonte: Folha de São Paulo