Pólen garante renda no RN

A produção mensal de 180 quilos de pólen apícola tem garantido ao apicultor Joaz Ferreira da Silva e a 16 famílias do Projeto de Assentamento Rosário, localizado na Agrovila Canudos, em Ceará Mirim, renda fixa e sustentabilidade aos apicultores. A comercialização do produto iniciou após a participação de Joaz Ferreira, líder do grupo de produção de pólen da agrovila, numa missão para os Estados de Sergipe e Alagoas, aonde os apicultores também conheceram centros de produção de própolis vermelho. Há cerca de um ano comercializando pólen, os apicultores esperam aumentar as vendas do produto de 200 para 260 quilos por mês. Reunindo os esforços através da cooperação, o grupo é o primeiro a produzir pólen no Rio Grande do Norte e a comercializá-lo para o mercado potiguar e de outros Estados do nordeste brasileiro. Apesar das boas vendas e do complemento aos rendimentos mensais, a produção de mel ainda é insuficiente para a sobrevivência financeira dessas famílias.  “É uma produção instável. Em anos fracos, o apicultor passava aperto e ficava numa situação difícil. Tinha de vender enxame. No ano passado, que foi um ano ruim, o pólen foi a salvação. É uma produção em tempo integral nos 12 meses do ano. Ele veio para trazer estabilidade ao apicultor e renda para o ano inteiro”, diz Joaz. A diversidade de produtos proporcionada pela criação de abelhas é uma oportunidade para o homem do campo, conforme constata o produtor. Além do pólen, a pretensão das famílias do Assentamento Rosário é de iniciar a comercialização de própolis a partir de julho deste ano. O pólen é o único alimento que possui em sua composição os 22 aminoácidos essenciais para o funcionamento do corpo humano; além de beneficiar o intestino e a oxigenação do sangue. É dessa composição que os assentados complementam sua renda mensal. Com o apoio do Sebrae, em 2009, um grupo de apicultores de todo o Estado partiu numa missão para os principais centros de produção apícola do Nordeste. Joaz relata que a viagem foi essencial para o início de uma nova empreitada. “Já tínhamos certa experiência com o pólen, mas não a nível comercial. Fotografamos o material deles e criamos nosso próprio estilo de produção”, lembra.

Fonte:Tribuna do Norte