Cartilha Sobre a Cultura do Girassol - EMPARN
Adaptação do Texto: Junior Barbosa (Engenheiro Agrônomo)
1 - ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE A CULTURA DO GIRASSOL
INTRODUÇÃO
Adaptação do Texto: Junior Barbosa (Engenheiro Agrônomo)
1 - ORIENTAÇÕES TÉCNICAS SOBRE A CULTURA DO GIRASSOL
INTRODUÇÃO
O girassol (Helianthus annus L.) é a quarta oleaginosa mais consumida no mundo, depois da soja, palma e canola. As sementes, considerando variedades e híbridos, apresentam em média 40% de óleo. Há híbridos que produzem quantidades superiores a 50%. No girassol encontra-se um dos óleos vegetais de melhor qualidade nutricional e organoléptica. De cada tonelada de sementes, se extraem em média 400 kg de óleo, 250 kg de casca e 350 kg de torta para os animais, com 45 a 50% de proteína bruta. Por possuir qualidades excepcionais, o seu óleo vem sendo também indicado para a produção de biodiesel. A planta inteira pode ser utilizada como forragem de excelente qualidade. Acrescenta-se a essas características, a sua importância econômica na qualidade de cultura melífera, sendo possível produzir até 30 kg de mel por hectare.
SOLOS E SEU PREPARO
São indicados os solos de textura média, profundos, com boa drenagem, razoável fertilidade e pH variável de ácido a neutro (superior a 5,2). O girassol proporciona ainda melhorias na estrutura e fertilidade dos solos uma vez que possui sistema radicular profundo.No geral, para os solos identifi cados para o cultivo do girassol, recomenda-se a prática de uma gradagem. Em solos compactados há a necessidade de se proceder a subsolagem, enquanto que nos argilosos, sugere-se uma aração na profundidade de até 20 cm seguida de duas gradagens em sentido contrário, de modo que o terreno seja bem destorroado.
ADUBAÇÃO
A adubação tem a fi nalidade de corrigir a fertilidade do solo a fi m de possibilitar uma atividade produtiva e sustentável. Para o município de Marcelino Vieira, recomenda-se a aplicação de 5 toneladas de esterco por hectare, esta adução tem a finalidade de corrigir possível deficiências existentes no solo. Recomenda-se a realização da análise do solo antes do plantio.
No caso de solos que apresentem o pH ácido, abaixo de 5,2, deve-se fazer calagem pelo menos três meses antes do plantio. Com base nas análises de laboratório, os solos que apresentam baixa, média e alta fertilidades têm demandado aplicações de 40 a 60 kg/ha de nitrogênio, 20 a 80 kg/ha de P2O5 e 20 a 80 kg/
ha de K2O. O nitrogênio deve ser parcelado, colocando-se 30% em fundação e o restante até 30 dias apósa emergência das plantas, principalmente em solos com textura arenosa. O girassol é sensível a níveis baixos de boro no solo. Em solos pobres em boro, recomenda-se a aplicação de 1,0 a 2,0 kg/ha do elemento mediante a adubação de base ou de cobertura.
No caso de solos que apresentem o pH ácido, abaixo de 5,2, deve-se fazer calagem pelo menos três meses antes do plantio. Com base nas análises de laboratório, os solos que apresentam baixa, média e alta fertilidades têm demandado aplicações de 40 a 60 kg/ha de nitrogênio, 20 a 80 kg/ha de P2O5 e 20 a 80 kg/
ha de K2O. O nitrogênio deve ser parcelado, colocando-se 30% em fundação e o restante até 30 dias apósa emergência das plantas, principalmente em solos com textura arenosa. O girassol é sensível a níveis baixos de boro no solo. Em solos pobres em boro, recomenda-se a aplicação de 1,0 a 2,0 kg/ha do elemento mediante a adubação de base ou de cobertura.
VARIEDADES E HÍBRIDOS RECOMENDADOS
Catissol 01: (Variedade cultivada no Município de Marcelino Vieira e Lucrécia)
Ciclo de 100 a 110 dias para a produção de grãos e de 80 a 90 dias para silagem;
Altura média de 1,70 m;
Potencial médio de produção de grãos: 2.000 a 2.600kg/ha para variedades e híbridos, respectivamente;
Teor médio de óleo: 44%.
ÉPOCA DE PLANTIO
Deve-se iniciar o plantio após a primeiras chuvas na região de Marcelino Vieira. Precipitações pluviométricas entre 500 a 700 mm bem distribuídos ao longo do ciclo, resultam em rendimentos superiores a 1.000 Kg/ha, apesar de constatações da alta tolerância dessa cultura ao estresse hídrico.A semeadura do girassol pode ser realizada manual ou mecanicamente. No entanto, face à sua configuração espacial, que determina um número considerável de plantas por hectare, recomenda-se o plantio com uso de plantadeira-adubadeira animal ou tratorizada e, na ausência desses implementos, utilizar o plantio com matraca.O espaçamento pode variar de 70 a 90 cm entre linhas e de 30 a 25 cm entre plantas na linha, respectivamente. Esse arranjo de plantio proporcionará uma densidade variando de 40.000 a 45.000 plantas/ha. As sementes são colocadas à profundidade de 3 a 5 cm no sulco, de preferência acima e ao lado do adubo. Em geral são sufi cientes de 4 a 5 kg de sementes para plantar 1 ha de girassol.
CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS
O girassol é muito sensível à competição com plantas daninhas. O período crítico de competição compreende os primeiros 40 dias após a emergência das plantas.
PRAGAS E DOENÇAS
As principais pragas e doenças registradas na literatura que podem causar danos ao girassol nas condições edáfi co-climáticas do Rio Grande do Norte são as seguintes: InsetosVaquinha (Diabrotica speciosa), lagarta preta (Chlosyne lacinia), percevejos (Nezara viridula, Piezodoru guildinii e Euschistus heros), besouro do capítulo (Cyclocephala melanocephala), formigas, principalmente as saúvas (Atta spp.), e a lagarta rosca (Agrostis ipsilon).Doenças fúngicas A Mancha de Alternária (Alternaria helianthi), é caracterizada por lesões necróticas localizadas nas folhas baixeiras. A condição ideal para ocorrência da Mancha de Alternaria é alta temperatura e alta umidade, porém ela pode ocorrer em qualque época de plantio. A Podridão da raiz e do colo das plantas é causada pelo fungo Sclerotium rolfsii. Este fungo, em geral, é benefi ciado também pelo excesso de umidade e altas temperaturas no ambiente.
COLHEITA, BENEFICIAMENTO E ARMAZENAMENTO
A colheita pode ser mecanizada ou semimecanizada. Ela é realizada 90 a 100 dias após a emergência das plantas, quando o capítulo está com coloração castanha. A colheita mecanizada pode ser feita com uma adaptação na plataforma de colheita do milho. A colheita semimecanizada é semelhante à de feijão. Os capítulos são colhidos e amontoados junto à batedeira estacionária para a operação de trilha. A limpeza dos grãos é indispensável para a obtenção de boa qualidade do óleo e da torta. O teor de umidade dos grãos para o armazenamento é de 11%, podendo o girassol ser colhido com 14 a 16% de umidade para posterior redução da umidade a 11%.2 - ÓLEO DE GIRASSOL: ESSENCIAL AO BOM FUNCIONAMENTO DO ORGANISMO
Óleo de Girassol extraído a frio (fonte de ômegas 6 e 9) Essencial ao bom funcionamento do organismo.
O girassol é uma planta que foi domesticada pelo homem há cerca de 5 mil anos. Originária das Américas, o girassol foi utilizado como alimento pelos índios que o misturava com outros tipos de vegetais. No século XVI, o girassol foi levado para a Europa pelos espanhóis, primeiramente na Espanha, Inglaterra e França. Até o século XVII foi considerado uma planta ornamental e medicinal, sendo utilizado como óleo refinado comestível, apenas por volta de 1830 na Rússia.
O girassol foi introduzido na América do Sul no Século XIX, sendo a Argentina um dos maiores produtores mundiais. No Brasil, foi introduzido em primeiro lugar, no sul do país, já que os imigrantes europeus tinham o hábito de consumir suas sementes torradas. O óleo de girassol tem excelentes nutrientes, com altos índices de ácidos graxos insaturados que diminuem problemas cardiovasculares e também contém um maior teor de ácido linoléico essencial o organismo humano. A qualidade do óleo de girassol na prevenção das doenças cardiovasculares, segundo as pesquisas, é mais um motivo para impulsionar o consumo do produto. No mercado internacional é o quarto óleo mais consumido no mundo. Óleo de Girassol feito de sementes de girassóis prensadas a frio é rico e Vitamina E e Ômega 6, elementos essenciais na prevenção do envelhecimento e bom funcionamento do organismo. A presença de tocoferóis (vitamina E) em seu conteúdo atua favoravelmente sobre as funções reprodutoras com destacada ação antioxidante.
- É grande fonte de ácidos graxos essenciais bioativos.
- Estimula a produção de hormônios cerebrais.
- Ameniza os problemas causados pela depressão.
- Auxilia os desconfortos causados pela menopausa e tensão pré-menstrual.
- Seu efeito é notado em todas as enfermidades degenerativas e cardiovasculares.
- A sua atividade é, sobretudo observada em problemas relacionados ao sistema nervoso central.
- Rico em ácido graxo linoléico que age sobre a pele e sistema endócrino.
Apresentação: Frascos com 250 ml
Atenção!
Um único alimento não cura e não impede a manifestação de disfunções orgânicas.
Estes óleos NÃO devem ser aquecidos. Em caso de aquecimento perde parte da sua bioatividade.
Bioativos (bio=vida; disponível à) ativar a vida.
Devem ser usados para temperar saladas, comidas em geral depois de pronta, preparar pratos frios, ou simplesmente tomar uma colher de sobremesa uma vez ao dia.
O primeiro número significa maior quantidade de Ômega no produto.
Ex: Ômegas 3, 6 e 9 = maior concentração de Ômega 3.
Dicas importantes
- A luz destrói o óleo mil vezes mais depressa que o oxigênio. Procure mantê-los protegidos da claridade.
- Nos países mediterrâneos, onde os ômegas são consumidos amplamente, os cientistas encontraram taxas muitos menores de doenças coronarianas ou câncer.
- As principais fontes de ômegas vegetais prensados a frio são: linhaça, soja, canola, girassol, gergelim, macadâmia, amendoim.
- Os melhores óleos são fornecidos pela natureza, embalados da melhor forma possível para evitar a oxidação de seu precioso conteúdo.