Cerca de 15% do total da vegetação original da Amazônia Legal foram desmatados, o que equivale à retirada de aproximadamente 2,6 bilhões de árvores e ao desmate de uma área de 600 mil quilômetros quadrados até 2002. Esse cenário corresponde à destruição de 4,7 bilhões de metros cúbicos de madeira de uma área que, originalmente, representava 4 milhões de quilômetros quadrados cobertos por florestas.Os dados fazem parte da pesquisa Geoestatísticas de Recursos Naturais da Amazônia Legal, divulgada hoje (1º), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O leva ntamento – que traz informações sobre a vegetação, o relevo, o solo e os recursos minerais da região – foi feito com base no Banco de Dados e Informações Ambientais do IBGE, atualizado em 2002.
De acordo com o engenheiro florestal André Almeida, técnico da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do Instituto, os números revelam que o modelo de ocupação e desenvolvimento praticado na Amazônia é extremamente predatório, com subutilização de terras e grande comprometimento da biodiversidade. “Do total da área desmatada, só 15% foram convertidos para a agricultura. Metade dessas terras voltou para a pecuária e 30% voltaram a virar floresta, ou seja, alguém desmatou, tirou a madeira e demais recursos naturais e não usou para mais nada, ficou abandonada virando uma nova floresta, porém degradada”, afirmou. O estudo aponta ainda que o desmatamento foi responsável pela eliminação de aproximadamente 23 bilhões de toneladas de biomassa (matéria orgânica de origem vegetal) e 6,6 bilhões de toneladas de carbono que estavam armazenados na vegetação. Esses volumes correspondem à 12,7% dos estoques originais. Segundo o técnico do IBGE, essas emissões contribuem negativamente para o processo de aquecimento global e geram prejuízos locais. “É uma parcela significativa de emissão de carbono. Mas, além disso, há questões locais, porque quando se promove o desmatamento, há perda de espécies e de material genético que poderiam ser usados pela indústria para fabricação de remédios e de outras tecnologias. Existe ainda a perda de proteção do solo que fomenta processos erosivos e traz prejuízos aos recursos hídricos”, enfatizou. Ainda conforme mostra o levantamento, os estados do Maranhão, de Goiás, do Tocantins, de Mato Grosso e de Rondônia tinham mais de 20% da vegetação alterada pelo homem. Já o Amazonas apresentou o menor grau de antropismo: apenas 1,5% de sua vegetação foi modificada com a atuação humana. A Amazônia Legal ocupa 5.016.136,3 quilômetros quadrados, que correspondem a cerca de 59% do território brasileiro. Nela, vivem em torno de 24 milhões de pessoas, distribuídas em 775 municípios nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, Roraima, do Tocantins, Maranhão e de Goiás.
De acordo com o engenheiro florestal André Almeida, técnico da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais do Instituto, os números revelam que o modelo de ocupação e desenvolvimento praticado na Amazônia é extremamente predatório, com subutilização de terras e grande comprometimento da biodiversidade. “Do total da área desmatada, só 15% foram convertidos para a agricultura. Metade dessas terras voltou para a pecuária e 30% voltaram a virar floresta, ou seja, alguém desmatou, tirou a madeira e demais recursos naturais e não usou para mais nada, ficou abandonada virando uma nova floresta, porém degradada”, afirmou. O estudo aponta ainda que o desmatamento foi responsável pela eliminação de aproximadamente 23 bilhões de toneladas de biomassa (matéria orgânica de origem vegetal) e 6,6 bilhões de toneladas de carbono que estavam armazenados na vegetação. Esses volumes correspondem à 12,7% dos estoques originais. Segundo o técnico do IBGE, essas emissões contribuem negativamente para o processo de aquecimento global e geram prejuízos locais. “É uma parcela significativa de emissão de carbono. Mas, além disso, há questões locais, porque quando se promove o desmatamento, há perda de espécies e de material genético que poderiam ser usados pela indústria para fabricação de remédios e de outras tecnologias. Existe ainda a perda de proteção do solo que fomenta processos erosivos e traz prejuízos aos recursos hídricos”, enfatizou. Ainda conforme mostra o levantamento, os estados do Maranhão, de Goiás, do Tocantins, de Mato Grosso e de Rondônia tinham mais de 20% da vegetação alterada pelo homem. Já o Amazonas apresentou o menor grau de antropismo: apenas 1,5% de sua vegetação foi modificada com a atuação humana. A Amazônia Legal ocupa 5.016.136,3 quilômetros quadrados, que correspondem a cerca de 59% do território brasileiro. Nela, vivem em torno de 24 milhões de pessoas, distribuídas em 775 municípios nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, Roraima, do Tocantins, Maranhão e de Goiás.
Thais Leitão
Agência Brasil
Edição: Talita Cavalcante
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