A equipe de extensão rural da EMATER de Marcelino Vieira tem buscado alternativas para controlar a praga da lagarta rosca que tem dizimado as diversas culturas nesse início de inverno. Em relato de trabalhadores de várias comunidades do munícipio, todos citam o problema comum de devastação das lavouras, tanto de milho, feijão, girassol e pastagens por essa praga. Um dos pontos cruciais no controle desta lagarta é a falta de conhecimento de sua fisiologia e o uso inadequado de produtos químicos como já foi citado em reportagem recente, a qual relata a utilização de produtos veterinários como o carrapaticida barrage no controle deste inseto, o que é totalmente desaconselhado. Uma dos métodos de controle apontados pela equipe de extensão é o uso do Neem, planta amplamente disseminada na região, que pode ser usada como fator de controle, usando-se assim 1 kg de folhas masseradas para 20 litros de água, adicionando 100 ml de sabão neutro que vai agir como espalhante adesivo, deve-se pulverizar as plantas atacadas molhando bem as áreas afetadas. Este inseto caracteriza-se como uma mariposa cosmopolita, marrom-escura, com áreas claras no primeiro par de asas, coloração clara com os bordos escuros, no segundo par, medindo cerca de 40 mm de envergadura. Coloca os ovos na parte aérea da planta. As lagartas quando completamente desenvolvidas medem cerca de 40 mm, são robustas, cilíndricas, lisas e de cor cinza-escura. Quando tocadas enrolam-se tomando o aspecto de uma “rosca”. A duração do ciclo larval varia entre 20 e 25 dias. O estágio de pupa, no solo, varia entre 11 e 15 dias. A lagarta-rosca ataca as plântulas de um número alto de hospedeiros, como hortaliças, feijão, batata-doce, cana-de-açúcar e milho, entre outras. O inseto é de hábito solitário, sendo que a larva se alimenta da planta no nível do solo provocando o seccionamento da mesma, que pode ser total, quando as plantas estão com a altura de até 20 cm, pois ainda são muito tenras, ou parcial, após esse período.
Texto: Junior Barbosa
Engenheiro Agrônomo
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