Climas
A mudança global do clima é tema que ganha, a cada dia, maior relevância na agenda de governos, das empresas e da sociedade como um todo. O aquecimento global fruto da atividade humana é, hoje, reconhecido pela comunidade científica internacional e demanda grande disposição política para sua mitigação. Não é vista como uma questão somente ambiental, mas sim econômica social e, sobretudo, estratégica.
O Brasil reconhece ser parte da solução do problema e nesse sentido apresentou compromissos voluntários de redução de emissões entre 36,1% e 38,9% em relação às emissões projetadas até 2020, não se furtando a assumir o seu papel e as suas responsabilidades, conforme estabelecidas na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
O País tem características muito particulares que norteiam a sua política de combate às mudanças climáticas. Suas principais emissões vêm do desmatamento e da mudança de uso do solo. Nesse sentido, foram desenvolvidos ações e instrumentos destinados ao enfrentamento da mudança do clima.
O Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), lançado em 2008, constitui-se em um marco relevante para a integração e harmonização de políticas públicas ligadas ao tema. Os sete objetivos do plano são:
• fomentar aumentos de eficiência no desempenho dos setores da economia na busca constante do alcance das melhores práticas;
• manter a elevada participação de energia renovável na matriz elétrica;
• incentivar a expansão sustentável da participação de biocombustíveis na matriz de transportes nacional;
• buscar a redução sustentada das taxas de desmatamento em todos os biomas brasileiros, até que se atinja o desmatamento ilegal zero;
• eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal no Brasil até 2015;
• fortalecer ações intersetoriais voltadas para a redução das vulnerabilidades;
• identificar os impactos ambientais decorrentes da mudança do clima e fomentar o desenvolvimento de pesquisas científicas visando a estratégias de adaptação.
No final de 2009 foram aprovadas as leis da Política Nacional sobre Mudança do Clima e do Fundo Clima. Os planos setoriais de redução de emissões, para as áreas de florestas, energia, agropecuária e siderurgia, apontam as ações para que sejam alcançados as metas de redução de emissões também anunciadas em dezembro de 2009.
A política de combate ao desmatamento na Amazônia, nos últimos anos, vem trazendo resultados muito concretos como evidenciam os anúncios sucessivos de taxas de desmatamento cada vez mais baixas.
Da mesma forma que no plano interno, nas negociações internacionais relativas ao tema, o País tem atuado de maneira decisiva buscando viabilizar a adoção de um regime sobre mudança do clima que seja eficaz. Para isso, vem criando as condições objetivas a fim de que o aquecimento do planeta não ultrapasse os 2ºC acima da era pré-industrial, mas que também seja justo e equitativo, evitando que as populações, especialmente as mais vulneráveis, sofram ainda mais com as conseqüências da mudança do clima, além de criar condições para um desenvolvimento sustentável que não reproduza os padrões insustentáveis de produção e consumo dos países mais ricos.
Mudanças climáticas
Nos últimos cem anos, produtos tóxicos lançados na atmosfera pelas indústrias, carros e caminhões e atividades ligadas à agricultura têm levado a uma concentração cada vez maior de gases de efeito estufa no planeta. Eles permitem que a luz do sol chegue à superfície da Terra, mas impedem parcialmente a saída do calor, provocando aquecimento da atmosfera.
Somado a isso, o crescimento da população e o uso dos recursos naturais para sua sobrevivência têm levado ao aumento do desmatamento e à escassez de água.
Pesquisadores que estudam o assunto ainda não chegaram a uma conclusão sobre a extensão dos problemas que as mudanças climáticas podem acarretar. No entanto, eles acreditam que várias alterações devem ocorrer, entre elas:
• A mudança nos regimes regionais de chuva. As chuvas seriam mais abundantes, mas a água evaporaria mais rápido por causa do calor, deixando os solos mais secos. Essa alteração causaria prejuízos à agricultura e reduziria também o fornecimento de água potável, já bastante escassa em várias regiões do planeta.
• O deslocamento das zonas climáticas e agrícolas em direção aos pólos. É possível que as principais áreas produtoras de grãos hoje sofram secas e ondas de calor mais frequentes, prejudicando as plantações.
• O derretimento de geleiras e o aumento da temperatura dos oceanos. Essa alteração pode elevar os níveis do mar, ameaçando zonas costeiras e ilhas de baixa altitude, e influenciar as correntes marinhas, causando mais mudanças climáticas.
Histórico de ações
Governantes do mundo todo estão agindo para deter as mudanças climáticas. Em 1992, representantes de vários países se reuniram no Brasil para a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD), a Rio-92, onde foram avaliadas questões relativas ao meio ambiente. Desse encontro nasceu a Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, um tratado internacional criado para avaliar como resolver o problema do aquecimento global.
Entre outros assuntos, a convenção estabelece que os países participantes concordam em desenvolver programas nacionais que desacelerem a mudança do clima, recomenda que tecnologias e conhecimentos técnicos ambientalmente saudáveis sejam desenvolvimentos e compartilhados, apoia o conceito de desenvolvimento sustentável e enfatiza a necessidade de conscientizar as pessoas sobre a mudança do clima.
Na convenção foi acordado que representantes dos países teriam encontros periódicos para discustir o meio ambiente. Tal determinação foi o ponto de partida para ações futuras, como o Protocolo de Quioto, estabelecido no Japão em 1997. O Protocolo, que entre outras coisas criou metas e prazos para que os países cortem suas emissões de gases do efeito estufa, é um sinal de que a comunidade internacional está disposta a encarar a questão e começar a tomar ações concretas para minimizar o risco das alterações climáticas.
O que cada um pode fazer
Todos os cidadãos podem fazer o seu papel para preservar a natureza e ajudar a reverter as mudanças climáticas. O ponto de partida é consumir menos recursos e de maneira mais consciente, alterando os hábitos, estabelecendo critérios de compra, de descarte de produtos e de contratação de serviços e exigindo que empresas e governos façam sua parte. Por causa de incentivos e pressões de governos e da sociedade, as empresas e indústrias também estão buscando meios de reduzir suas emissões de gases do efeito estufa.
Texto tirado do site: (Data 04/01/2011)
http://www.brasil.gov.br/sobre/meio-ambiente/climas/climas
Saiba mais sobre como colaborar em casa e sobre clima no Portal Brasil.
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