A síntese do censo populacional 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, revelou que houve redução populacional em 40 municípios do Rio Grande do Norte nos últimos dez anos. A maior queda foi registrada em Severiano Melo, na região Oeste, que perdeu mais de quatro mil pessoas, a partir do georreferenciamento - análise das divisas com GPS - em 2007.
O município de Várzea, na região Agreste, que em 2000 tinha 8.234 habitantes, teve uma redução populacional de 2.998 pessoas depois do processo de emancipação política de Jundiá, fundada em 2002. Atualmente, a cidade tem 5.236 habitantes.
Algo parecido aconteceu em Santana do Matos, na região Central Potiguar, já próximo do Seridó. O município perdeu 2.162 pessoas nessa última década em decorrência de revisão geográfica. Segundo o IBGE, a perda foi mais acentuada na zona rural com a perda de um distrito para o município vizinho de Florânia.
Segundo o coordenador estadual do IBGE, Aldemir Freire, a população rural de Santana do Matos é maior do que a urbana, por isso, a perda da localidade rural teve tanto impacto. "Enquanto houve decréscimo de 1.905 pessoas na zona rural, na zona urbana a redução foi de apenas 257 pessoas", completou o coordenador.
Segundo ele, além do georreferenciamento, não é fácil apontar um motivo específico para a migração nas pequenas cidades do interior potiguar, mas é certo apostar na falta de oportunidade e estrutura econômica. Aldemir enfatiza que o êxodo rural ainda é um fator de mudança populacional, no entanto essas cidades não têm condições de receber esse povo.
Aldemir explica que esse fenômeno de redução populacional aconteceu em todo o país, afetando, principalmente, os municípios pequenos. "Um exemplo disso é a pirâmide etária desses municípios, que têm mais adultos e idosos do que jovens, uma vez que esse grupo está migrando para as cidades maiores, na maioria das vezes em busca de oportunidade, seja de trabalho ou estudo", completou.
Para o coordenador do IBGE, essa migração é desordenada em termos de divisão populacional, visto que concentra mais gente em algumas regiões, em detrimento de outras que se esvaziam aos poucos, mas é ordenada no sentido estratégico de cada indivíduo. "Dificilmente você migra para um local onde não exista uma rede de contatos que vai lhe oferecer caminhos", complementa.
O município de Afonso Bezerra, também na região Central, perdeu apenas 21 pessoas nesses últimos dez anos. No entanto o prefeito Jackson Bezerra diz que tão preocupante quanto a redução populacional é a estagnação. "É uma coisa que nos assusta muito, porque há um processo muito avançado de êxodo rural e as pessoas estão fluindo muito para os grandes centros. A minha cidade é de vocação agrícola e nós temos muita dificuldade para oportunizar a geração de empregos e renda e de negócios", reconhece o prefeito.
Segundo ele, há 20 anos a cidade vem registrando redução populacional, o que ocasionou perda de recursos com o rebaixamento da cota no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), da cota 1.0 para a 0.8. "Uma perda de mais de R$ 70 mil hoje", finaliza Jackson Bezerra.
O município de Várzea, na região Agreste, que em 2000 tinha 8.234 habitantes, teve uma redução populacional de 2.998 pessoas depois do processo de emancipação política de Jundiá, fundada em 2002. Atualmente, a cidade tem 5.236 habitantes.
Algo parecido aconteceu em Santana do Matos, na região Central Potiguar, já próximo do Seridó. O município perdeu 2.162 pessoas nessa última década em decorrência de revisão geográfica. Segundo o IBGE, a perda foi mais acentuada na zona rural com a perda de um distrito para o município vizinho de Florânia.
Segundo o coordenador estadual do IBGE, Aldemir Freire, a população rural de Santana do Matos é maior do que a urbana, por isso, a perda da localidade rural teve tanto impacto. "Enquanto houve decréscimo de 1.905 pessoas na zona rural, na zona urbana a redução foi de apenas 257 pessoas", completou o coordenador.
Segundo ele, além do georreferenciamento, não é fácil apontar um motivo específico para a migração nas pequenas cidades do interior potiguar, mas é certo apostar na falta de oportunidade e estrutura econômica. Aldemir enfatiza que o êxodo rural ainda é um fator de mudança populacional, no entanto essas cidades não têm condições de receber esse povo.
Aldemir explica que esse fenômeno de redução populacional aconteceu em todo o país, afetando, principalmente, os municípios pequenos. "Um exemplo disso é a pirâmide etária desses municípios, que têm mais adultos e idosos do que jovens, uma vez que esse grupo está migrando para as cidades maiores, na maioria das vezes em busca de oportunidade, seja de trabalho ou estudo", completou.
Para o coordenador do IBGE, essa migração é desordenada em termos de divisão populacional, visto que concentra mais gente em algumas regiões, em detrimento de outras que se esvaziam aos poucos, mas é ordenada no sentido estratégico de cada indivíduo. "Dificilmente você migra para um local onde não exista uma rede de contatos que vai lhe oferecer caminhos", complementa.
O município de Afonso Bezerra, também na região Central, perdeu apenas 21 pessoas nesses últimos dez anos. No entanto o prefeito Jackson Bezerra diz que tão preocupante quanto a redução populacional é a estagnação. "É uma coisa que nos assusta muito, porque há um processo muito avançado de êxodo rural e as pessoas estão fluindo muito para os grandes centros. A minha cidade é de vocação agrícola e nós temos muita dificuldade para oportunizar a geração de empregos e renda e de negócios", reconhece o prefeito.
Segundo ele, há 20 anos a cidade vem registrando redução populacional, o que ocasionou perda de recursos com o rebaixamento da cota no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), da cota 1.0 para a 0.8. "Uma perda de mais de R$ 70 mil hoje", finaliza Jackson Bezerra.
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